VIAGEM DE AVIAO

por Prof. Dr. Sang Cha

Os estudos realizados em comissárias de bordo grávidas, que com certeza viajam de avião com maior frequência, não tem mostrado maior incidência de abortos ou outras complicações gestacionais. Por outro lado, as comissárias apresentam maior incidência de distúrbios menstruais bem como infertilidade, muito provavelmente relacionado aos distúrbios hormonais causado pelas viagens em que o ciclo dia e noite é completamente modificado.
O limite máximo de idade gestacional para viagem aérea varia entre 28 a 37 semanas, dependendo da companhia aérea. No entanto, a maioria das empresas aéreas permite viagem regionais até 34 semanas. Para viagens internacionais, o limite da idade gestacional tem sido ao redor de 32 semanas de gestação. Como medida de segurança, é sempre aconselhável passar pelo consulta com o obstetra para averiguação das condições de normalidade do feto e da mãe próximo ao dia do embarque e aproveitar para pegar um atestado do medico autorizando a viagem.
Pacientes portadoras de doenças que pioram em condições de rarefação de oxigênio, tais como angina instável, patologias pulmonares e insuficiência cardíaca devem viajar com suporte de oxigênio adicional.

A imobilização prolongada de viagens aéreas, especialmente as viagens internacionais, aumenta risco de trombose e embolia. Nas grávidas , os riscos de tromboembolismo aumentam mais ainda por conta de aumento nos fatores de coagulação .
As recomendações para gestantes durante a viagem aérea incluem:
• Assento no corredor , pois facilita a deambulação .
• Tomar bastante líquido, com isto melhora a circulação e força a gravida ir ao banheiro, consequentemente estimulando a deambulação.
• Fazer exercícios de flexão das pernas
• Usar meia elástica durante o vôo, de media compressão
• Manter o cinto afivelado o tempo todo
• Certificar a utilização de medicamentos anticoagulantes injetáveis em pacientes com trombofilia. O anticoagulante mais recomendado é a enoxaparina, devendo ser ministrado por via subcutânea até 4 horas antes de pegar o avião.
Entende-se por trombofilia situações genéticas ou adquiridas que predispõem a formação de coágulos, aumentando risco de fenômenos tromboembólicos. Entre as trombofilias genéticas destacam-se as mutações dos fatores V (Fator V de Leiden) ,II (Protrombina) e mutação da MTHFR ( metileno tetra hidro folato) e entre as adquiridas, a presença de anticorpos anticoagulante lúpico e anti-cardiolipina.
A viagem esta contraindicada em gestantes com risco de trabalho de parto, risco de sangramento genital como placenta baixa e anemia falciforme onde a rarefação de oxigênio durante o vôo pode induzir crises de falcização.

Em viagens para certas regiões , como austrália, áfrica e américa central são exigidos vacina contra febre amarela, que pelo fato ser produzido com vírus vivo atenuado, não deve ser aplicado durante a gestação.
Como as regras relacionadas as gestantes divergem conforme o pais e companhia aérea, é sempre aconselhável checar os regulamentos específicos da companhia aérea pela qual vai viajar.
É sempre oportuno ter um atestado do médico obstetra autorizando a viagem de avião, de preferência obtido no dia ou dia anterior ao embarque .

Recomendação:
As grávidas em bom estado de saúde podem viajar de avião até 32 semanas para voos internacionais e 36 semanas para voos nacionais.

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com Prof. Dr. Sang Cha